Ela se foi e o sol se pôs

Alguns chamaram de "crônica de uma morte anunciada", outros disseram que ela "procurou com as próprias mãos". Houve aqueles que afirmaram que era isso o que ela merecia,e, os que acham que ela se perdeu em meio ao glamour de uma vida célebre. Afirmações e achismos à parte, fato é que a cantora Amy Winehouse não está mais entre nós. A morte de Amy, assim como a maioria das mortes, pegou a todos de surpresa, tirando de cena uma linda e marcante voz. Logo, deixou em seu lugar um vazio misturado a perguntas sem respostas.

Falar da voz de Amy, sua pegada jazz, blues e soul, e, ainda de seu estilo de vestir são coisas que todos nós já lemos, ouvimos e vimos. O talento de Winehouse era algo incontestável, sua maneira de viver nem tanto, mas não cabe a mim julgar. Em sua breve passagem por aqui, sabemos que Amy viveu sem limites e amou intensamente. Mas, seus olhos carregavam mais que uma sombra marcante. Quem se entregasse a eles por mais de alguns segundos, facilmente perceberia que neles havia um pedido de socorro.

Amy foi uma estrela que não suportou o peso de seu próprio brilho. O que pode ser o apogeu e a magnitude para uns, pode ser muito pesado para outros. Assim como tantos, ela partiu cedo demais, levando consigo um charme esquisito,porém, encantador. Amy Winehouse deixou saudades, letras, melodias, dois discos, lembranças... Ela, provavelmente, voltou para um lugar que somente ela conhecia, e nós? Nós voltamos para o luto de perder tão cedo, e tão facilmente, aqueles que tinham muito a dizer.

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