Mais uma vez Belo Horizonte foi palco do Minas Trend Preview e, com isso, atraiu os olhares de lojistas, fashionistas e imprensa especializada de todo o Brasil. Em sua 8ª edição o evento migrou do longínquo e elegante condomínio Alphaville para o espaçoso e central pavilhão do Expominas.
O estilista Ronaldo Fraga,novamente, assinou a direção criativa do evento que, este ano, teve como tema o "Oxigênio", revelando assim o lado ecológico e ambiental de Ronaldo Fraga, lembrando que a última edição foi tematizada de "Água".
Ao todo 220 estandes ocuparam o pavilhão do Expominas, criando uma feira de negócios para os empresários do ramo. Nas passarelas, vinte e uma grifes mostraram suas apostas para a Primavera/Verão 2012.
Como o próprio nome do evento diz, o Minas Trend Preview tem por objetivo antecipar 60% do total que será lançados pelas quase trezentas marcas participantes. Roupas, calçados e bijoux fazem parte desta prévia. A semana de moda mineira acontece trinta dias antes da São Paulo Fashion Week.
No primeiro dia de desfiles, um pavilhão de seis grifes cruzaram a passarela com suas coleções. No primeiro horário, DTA, Cláudia Arbex e Maria Garcia.
A marca de Betim, Disritmia (DTA) trouxe um desfile leve, intitulado de "Nas asas da imaginação". O jeanswear, forte da marca, chamou a atenção na apresentação, principalmente por ter sido apresentado pela atriz global Thaila Ayala.
A DTA veio de maneira leve e doce. Além disso, vem em composição com outros tecidos, cores fortes, estampas florais e silhueta marcada.
A grife de bijoux Cláudia Arbex impressionou com seu luxo e requinte. O trabalho em pedraria volta com força total na primavera/verão da marca. Os colares e maxi colares são a peça chave da coleção. A valorização do colo feminino vem com tudo. Cores como o branco e o azul em contraste com o dourado criam um aspecto leve, de movimento e praiano. Correntes e acabamentos franjados também ganham espaço, e, não apenas nos colares, mas nos braceletes e pulseiras. Vale a pena ficar de olho e investir.
Fotos: Charles Naseh
Já a grife Maria Garcia trouxe uma coleção inspirada no clássico da literatura infantil Masquerade, do ilustrador britânico Kit Williams. Apesar da referência infantil, o desfile não impressionou, as modelos cruzaram as passarelas com caras apáticas.
Contudo, vale citar o que a marca apostará na próxima temporada: silhuetas marcadas com leveza, proporções trabalhadas harmoniosamente. Os shorts e plissados são as peças chaves da estação. Algodão empapelado, seda, malha, paetê, misturas de estampas, com destque para os florais, compõem as principais características do desfile. Renda e geométricos, tons de rosa, pêssego, verde militar, marinho,azul e amarelo sorvete estão presentes na escala de cores.
No segundo horário de desfiles e com lugares mais disputados, a Cavalera abriu a sessão com sua coleção jovem, colorida e despojada. Inspirada em universos coloridos, quentes e românticos, o surf, o arco-íris, street-hippie e caleidoscóprio da art-pop dão o tom da primavera/verão 2012 da Cavalera. Na escala de cores estão presentes o vermelho lagosta, verde líquen, amarelo pólen e azul ipanema.
Porém, tons sóbrios como o off white, branco e o asfalto também marcam presença. As últimas cores trazem a referência dos grandes centros urbanos, contrastando com a calmaria hippie e chuva de cores. Os leggins e bottons continuam sendo marca registrada da Cavalera. Contudo, variações de comprimentos e cinturas marcadas são trazidas para o público. Mas, o conforto não some.
Rogério Lima trouxe geometria e cores para a passarela. As bolsas evoluíram, deixaram de ser apenas um local para se guardar coisas necessárias e se tornaram elemento importante na composição do look. Novos tipos de couro, novos shapes e o uso do dourado e prateado vem com tudo. Bolsas grandes, maleáveis e até mesmo adaptáveis ao corpo. Os tons crus criam contrastes às cores, entre elas estão o azul, verde, roxo, laranja e amarelo. Uma linda coleção.
E para fechar o primeiro dia de desfiles, a Última Hora trouxe uma coleção temática e encantadora. O visual da cantora baiana Maria Betânia e os cenários de cidades litorâneas foram grandes fontes de inspiração. Em muitos momentos do desfile, o espectador teve a sensação de que Gabriela Cravo e Canela surgiria na passarela.O azul do mar, o tom terroso das areias e a leveza das brisas marítimas permearam a coleção. Muitas rendas, bordados artesanais, aviamentos, trabalho com madrepérola e tecidos leves. Laise, seda e tule criam formas variadas, desde as que se ajustam ao corpo às fluidas. As pantalonas estarão de volta no que depender da Ùltima Hora. Cinturas marcadas combinadas a blusas bem femininas.
No que se refere ao conteúdo apresentado pelas grifes no primeiro dia de desfiles, tem-se um saldo positivo. Apostas que podem ser usadas e que valorizam a mulher e o homem moderno.
Quanto ao evento em si, o que se sentiu foi um ar de que algo que era muito bom está perdendo sua graça, sua luz. É bom a FIEMG repensar seus conceitos para a próxima edição e investir mais!
Por Najela Bruck e Carolina Fernandes
Fotos: Fabíola Prado
Um comentário:
Adorei...
apesar de tudo gostaria mto de ter ido.
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